Bens declarados do prefeito cassado de Limeira aumentam 47% em 3 anos
terça-feira, 22 de maio de 2012O valor dos bens declarados pelo prefeito cassado de Limeira, Silvio Félix (PDT), à Receita Federal cresceu 47% em três anos. No sábado (19), o Jornal Oficial do município trouxe o patrimônio declarado pelo político no imposto de renda em 2011. A relação de bens até o último dia de dezembro do ano passado totaliza R$ 2.158.900. Em 2008, quando concorreu ao cargo de chefe do Executivo, o patrimônio dele era de R$ 1.464.299.
O prefeito, que sofreu impeachment em fevereiro deste ano, e a família dele são investigados por enriquecimento ilícito pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Piracicaba (SP). Em novembro, a então primeira-dama, Constancia Berbert Dutra, e os dois filhos do casal foram presos com outras sete pessoas acusados de formação de quadrilha, sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e furto qualificado.
Segundo o promotor do Gaeco Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, o o grupo passou a avaliar o patrimônio de Félix apenas depois da cassação. “É importante frisar que antes a gente estava analisando apenas o patrimônio da família do Félix, principalmente, da primeira-dama Constância.”, comentou Bevilacqua.
O promotor classificou como suspeito o aumento do patrimônio nos últimos três anos.”A gente deve lembrar que o Félix não é sócio de nenhuma empresa desde 2005. Então, esse patrimônio nesses anos cresceu quase R$ 700 mil exclusivamente com o salário dele de prefeito”, disse.
Patrimônio
Chama a atenção, por exemplo, que na declaração de 2011, Félix informou ter apenas um carro, um Fusca.O veículo do ano de 1978 é avaliado em R$ 4,2 mil. Além disso, o prefeito cassado declarou quatro terrenos, que somados estão avaliados em R$ 165,7 mil, cinco áreas dentro do mercado permanente de flores do Centro de Abastecimento (Ceasa) de Campinas, avaliadas em R$ 122 mil, uma casa avaliada em R$ 280 mil e outra avaliada em R$ 755 mil, uma área em São Carlos (SP) avaliada em R$ 119 mil, uma chácara avaliada em R$ 67 mil, o conjunto em um prédio avaliado em R$ 68 mil, um prédio avaliado em R$ 378 mil e 50% de um prédio comercial avaliado em R$ 200 mil.
O G1 tentou contato com o advogado de defesa do prefeito, José Roberto Batochio, neste domingo (20), para comentar o assunto, mas ele não foi localizado pela reportagem.
Fonte: G1