Advogado quer prisão de 30 e R$ 1 bi bloqueado no caso Limeira Shopping
terça-feira, 2 de outubro de 2012O advogado Cassius Haddad protocolou no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) na segunda-feira (1º) uma denúncia contra 30 pessoas envolvidas nas ações de desapropriação, leilão e venda do Limeira Shopping, em Limeira (SP). Uma série de documentos, que compõem um material com 2 mil páginas, foram entregues e pedem a prisão e o bloqueio de R$ 38,1 milhões em bens de cada um dos citados, o que chega à soma de R$ 1,1 bilhão.
Haddad foi autor de uma denúncia na esfera cível questionando o processo que resultou no leilão do antigo Shopping. Na última quarta-feira (26), a Justiça limeirense determinou que as empresas MV1 e Limeiratec depositassem R$ 38,1 milhões na conta da Prefeitura de Limeira, por considerar que o imóvel foi comprado por preço muito inferior ao que foi avaliado.
Segundo Haddad, a denúncia feita no Gaeco é complementar à ação cível, pois visa punir aqueles que contribuíram para a aquisição do imóvel por preço inferior. “Todas elas contribuíram direta ou indiretamente para que o Shopping fechasse, a Prefeitura fizesse a desapropriação e leiloasse a área por esse preço”, disse o advogado.
Denunciados
Entre os denunciados pelo advogado está o ex-prefeito Sílvio Félix (PDT), 20 vereadores que tiveram mandato nas duas últimas gestões e votaram a favor da desapropriação, os empresários que adquiriram a área, quatro engenheiros que fizeram a avaliação do local e dois responsáveis pela gestão do antigo Shopping.
Na denúncia também é solicitada a quebra do sigilo bancário dos envolvidos no período em que ocorreram os processos de votação, desapropriação e compra. Foram feitas 12 acusações: Corrupção ativa; impedimento, perturbação ou fraude de concorrência; formação de quadrilha ou bando; frustração ou fraude de competição em licitação; patrocínio de interesse privado; antentado contra ato de procedimento licitatório; lavagem de dinheiro; peculato; corrupção passiva; falsidade ideológica; improbidade administrativa e crimes de responsabilidade.
Outro lado
A MV1 respondeu essa semana, por meio de assessoria de imprensa, que ainda não foi citada pelo processo na esfera cível e que só vai se manifestar sobre qualquer ação quando for notificada oficialmente pela Justiça.
Fonte: G1