A Secretaria de Segurança Pública de Limeira (SP) abriu procedimento interno de investigação para apurar se houve envolvimento de dois guardas municipais no assassinato do adolescente Felipe Campos Albino, de 17 anos, morto na madrugada deste sábado (2) em trecho próximo à base da corporação no bairro Ernesto Kuhl. Os agentes que estavam de plantão no local tiveram as armas apreendidas e serão mantidos em trabalhos internos até a conclusão da investigação pela corregedoria da GM.

Os guardas prestaram depoimento na delegacia na cidade de Limeira durante a madrugada e foram liberados. O resultado do exame residuográfico, que apontará a presença de pólvora decorrente de disparo de arma de fogo, deve sair na terça-feira (5).

O adolescente foi atingido nas costas. Ele e três amigos estavam andando pela rua e, conforme o registro policial, teriam chutado os cones de sinalização existentes ao redor da base. Foi quando um dos guardas teria disparado para cima e o tiro atingido o rapaz.

Em nota, a Prefeitura informou que os guardas foram comunicados que havia um menor caído “algumas quadras” de distância da base da GM e acionaram o resgate pelo 192 do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Conforme o posicionamento da Prefeitura de Limeira, assinado pelo secretário municipal de Segurança Maurício Queiroz e pelo prefeito Paulo Hadich (PSB), houve “contradição” nos depoimentos prestados pelos rapazes que estavam junto da vítima na hora do crime.

“Lamentamos a fatalidade e estamos solidários com a família do adolescente. A Prefeitura vai prestar todas as informações para facilitar a investigação e apurar o caso”, relatou Hadich em nota.

O adolescente foi morto em uma região de Limeira “pacificada” pela Prefeitura após uma operação policial na semana passada combater o tráfico de drogas nas imediações do bairro Odécio Degan. Desde então, o bairro e imediações receberam ações sociais e educativas

Madrugada violenta
Durante a madrugada, outro jovem foi morto na cidade, desta vez no bairro Novo Horizonte. Lucas Rufino, de 19 anos, foi morto com dois tiros no rosto e um no peito em uma praça conhecida por ser um ponto de venda e uso de drogas.

Rufino, de acordo com a apuração inicial da Polícia Civil, teria sido vítima de uma retaliação, já que se envolveu em uma briga horas antes. A polícia ainda desconhece o motivo da discussão e a identidade do outro envolvido, que é o principal suspeito do crime.

Fonte: G1