Alunos reclamam de insegurança no campus da Unicamp em Limeira
sexta-feira, 3 de maio de 2013Alunos do campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em Limeira (SP) reclamam que ir às aulas tem representado um risco constante. Segundo os universitários, até quem mora perto ou vai de carro para a faculdade sente medo de assaltos ou outros crimes.
“Os ladrões se interessam até por cadernos”, afirmou um estudante de 19 anos que pediu para ser identificado apenas como Rafael. Os motivos principais para a reclamação são a iluminação insuficiente e a falta de policiamento na região da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), que fica na Rua Pedro Zaccaria.
Rafael disse que já houve casos de furtos dentro da universidade na cidade de Limeira, mas que o problema principal é na área externa. “A situação está insustentável para quem estuda de manhã ou à noite. A gente tem que carregar o mínimo possível no trajeto”, disse o aluno.
Há cerca de um mês, a estudante Julia Passero, de 20 anos, foi alvo de uma tentativa de assalto na frente do prédio da universidade, onde mora. O edifício fica a aproximadamente 500 metros do local. “É muito escuro e eu não vi que o ladrão estava escondido atrás de uma caçamba.”
A jovem foi surpreendida por um homem ao chegar com o carro em casa. Ela reagiu e acabou ferida na boca ao brigar com o criminoso, que não conseguiu levar nada. Julia afirmou ainda que ela e o pai procuraram a Polícia Militar, que se recusou a atendê-los porque nenhum objeto havia sido levado.
“Disseram que não havia necessidade de registrar o caso e também me perguntaram se eu sabia o endereço do ladrão. Como vou saber isso?”, disse Julia. “Sou de São Paulo, que é uma cidade grande, e lá isso nunca me aconteceu. Não esperava passar por isso em Limeira.”
FCA estuda medidas
A assessoria de imprensa da Unicamp afirmou, em nota, que a direção da FCA “pretende reunir-se com as autoridades locais para estudar medidas que garantam maior segurança nas imediações do campus”.
Procuramos também o setor de comunicação da Polícia Militar, mas até as 16h45 desta quinta-feira (2) a assessoria da PM não havia se posicionado sobre as reclamações.
Fonte: G1