Limeira: Prefeitura interdita corredor e embarga obra
terça-feira, 18 de janeiro de 2011A Prefeitura da Cidade de Limeira interditou no início da noite de ontem parte do piso térreo do Shopping Pátio Limeira – trecho abaixo da área de alimentação, onde ocorreu o desabamento do teto anteontem (leia texto nesta página). O setor onde houve a queda também foi embargado. A liberação só ocorrerá após a apresentação de um laudo assinado por um profissional sem qualquer tipo de envolvimento com a obra. As informações são da Assessoria de Comunicações da prefeitura.
O procedimento de embargo estava sendo preparado na tarde de ontem e inclui as obras de ampliação. Elas só poderão ser retomadas após um laudo pericial, que afaste qualquer tipo de risco. Sobre a interdição do corredor no piso térreo, a prefeitura informou que a medida foi preventiva, já que havia o risco de ocorrer infiltrações. Como o teto da área também é de gesso, um novo desabamento não era descartado.
Um dos questionamentos é se o cálculo estrutural foi seguido à risca na execução da obra. A resposta, cita a prefeitura, deve ser dada por um profissional do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA).
Quanto à planta da construção da nova área de alimentação – inaugurada no dia 4 de dezembro do ano passado -, a administração municipal afirma que foram acordadas algumas regras, as quais teriam sido cumpridas. Dentre elas são destacados o zoneamento e sanitários. Todos aprovados pela municipalidade.
Em nota, a prefeitura ainda comenta que “toda obra deve ter a capacidade de suportar além dos limites conhecidos”. E mais. “Grandes ventanias são conhecidas, porém, algo errado ocorreu, o que será analisado tecnicamente e criminalmente”.
Ainda segundo a assessoria, o prefeito Silvio Félix (PDT) e funcionários da Secretaria de Planejamento e Urbanismo também vistoriaram o local do acidente.
CREA
Uma equipe do CREA/Limeira também esteve no local. Ela vai apurar as responsabilidades. “Saber se houve imperícia, imprudência ou negligência”, comenta o chefe do escritório do CREA, Maxwell Colombini Martins. A administração do shopping foi notificada e terá dez dias de prazo para apresentar alguns documentos.
O projeto e a pré-execução são assinados por um engenheiro civil. Quem verificará sua conduta profissional é a Câmara Especializada de Engenharia Civil, de São Paulo. “Dependendo da conclusão, ele poderá ser condenado ou até mesmo ter seu registro cassado”, explica.
Para Martins, a queda de parte do teto se deu por uma falha. E aponta duas hipóteses. “Ou o projeto não foi obedecido, ou houve uma falha nele”, avalia. Ele lembra que toda obra, independente de seu tamanho, deve ter orientação de um profissional habilitado, bem como apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). As obras do shopping tinham este tipo de documento. (Colaborou Murilo Biagioli)
Fonte: Jornal de Limeira
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