O aumento no número de casos de dengue na Boa Vista, como divulgado ontem pelo Jornal de Limeira, tem alarmado a população local. Até o último fechamento no balanço de casos, o bairro liderava em número na cidade, sendo 19 registros. Em segundo lugar está o José Cortez, com quatro ocorrências.

Com isso, os moradores começam a levantar hipóteses a respeito dos pontos de procriação do mosquito. Um deles é o córrego que fica ao final da Rua 11 de Junho e sofre com o acúmulo de lixo, além do mato alto. “Ali pode ter recipientes juntando água. Pode ser isso que tem trazido a doença ao nosso bairro”, reclamou um morador, que preferiu não se identificar.

O Jornal já divulgou a respeito do problema neste local, em meados de janeiro. Os vizinhos reclamam, além do medo da dengue, de animais peçonhentos e sujeira, que incomodam quem mora mais próximo da área.
Para o aposentado Aloísio Szecinski, de 61 anos, o bairro precisa de mais atenção. “Ter 19 casos em um único lugar significa que alguma coisa está errada”, frisou. “A nossa suspeita cai sobre esse lugar, que pode ter criadouros. Isso porque quase nunca é limpo. Esse ano, por exemplo, não limparam nenhuma vez”, disse.

Szecinski aponta ainda que há terrenos no bairro também reunindo sujeira e sendo proprício à disseminação do mosquito. E também há problemas com os córregos e com acúmulo de água próximo ao ribeirão.
Outra situação, também relacionada ao córrego no final da Rua 11 de Junho, é a insegurança e o assoreamento. Devido ao mato alto, o medo da população é que pessoas se escondam e possam cometer crimes.

Quanto ao assoreamento, em dias de fortes chuvas, a água transborda para a rua e leva também lixo.
Como a Prefeitura de Limeira não tem expediente aos sábados, não foi possível obter uma resposta a respeito do que deve ser feito no local. Anteriormente, em janeiro, quando o caso foi divulgado pelo JL, o retorno foi que as reclamações sobre o mato alto seriam encaminhadas à Secretaria de Meio Ambiente para que agendasse a limpeza dentro de seu cronograma de trabalho. As queixas sobre o córrego e a manutenção das galerias seria repassada ao SAAE (Serviços Autônomo de Água e Esgoto) para que tomasse as providências cabíveis. Até o momento, nada mudou no cenário encontrado há dois meses.