Com problemas de dicção, um homem, de 26 anos, precisou de um artifício a mais para anunciar o crime que perpetrava. Preso em Limeira, durante a noite de anteontem, o servente A.J.F. recorreu ao uso de um bilhete com os dizeres “é um assalto” para roubar um posto de combustíveis. O frentista chegou a pensar que se tratava de uma brincadeira.

A. acabou localizado por policiais militares instantes depois do crime, ocasião em que confessou. Também foi reconhecido como o assaltante. O servente, depois de sua prisão, alegou ter cometido o assalto devido à sua família estar passando por necessidades e também o atribuiu ao vício em drogas. Ainda enfatizou não ter usado nenhuma arma, mas, durante a ação, chegou a simular estar com uma e a ameaçar matar a vítima.

O caso aconteceu em um posto na Avenida Dr. Fabrício Vampré, no Jardim Piratininga. Por volta das 21h20, um dos frentistas, 21, foi abordado por um homem descrito como negro e que utilizava boné branco, além de blusa vermelha. Tal sujeito lhe entregou uma folha de papel onde estava escrito: “é um assalto”. O frentista, no primeiro momento, “pensou ser uma brincadeira de A. Depois, porém, ele disse que se não jogasse o dinheiro no chão, ele me mataria”.

O frentista ainda enfatizou ter novamente pensado se tratar de uma brincadeira, mas mesmo com dificuldade em falar (gagueira), A. “repetiu a ordem”. A vítima, então, abaixou-se e colocou todo o dinheiro do posto no chão, momento em que A. o pegou e saiu com uma bicicleta em direção ao Parque Nossa Senhora das Dores. O frentista disse que o servente simulava estar armado, porém, não viu nenhum revólver no momento do assalto. Também disse não saber a quantia exata que foi roubada.

PERTO DE CASA

O bilhete com o anúncio de assalto foi deixado no local e, alguns instantes depois, em patrulhamento pelo Parque Nossa Senhora das Dores, policiais militares localizaram A. na Rua Natalino Lucato Dalfré, onde ele mora. Pms encontraram R$ 392 com o servente, que logo confessou o roubo. O frentista também o reconheceu. Na delegacia, ao esclarecer o crime, A. disse ser usuário de cocaína há dez anos.

JUSTIFICATIVA

“Minha família está passando por necessidades e, por isso, resolvi fazer alguma coisa para arrumar dinheiro”, também justificou A. “Realmente fui até o posto, aproximei-me do frentista e falei que era um assalto, mostrando um bilhete escrito ‘é um assalto’. O frentista me passou o dinheiro e fugi do local em uma bicicleta. Quando estava perto de casa, fui abordado por policiais”, completou. Já com dois antecedentes criminais por assalto – num deles houve condenação -, A. tornou a ser preso em flagrante por roubo.

Fonte: Jornal de Limeira