Quase R$ 1 milhão. Este é o valor de quatro emendas federais voltadas à infraestrutura urbana e que poderiam beneficiar Limeira. Elas foram descobertas pelo deputado federal Otoniel de Lima (PRB). Só que há um problema. A administração municipal parece não ter interesse em conseguir o dinheiro, que consta do orçamento de 2008. “Busquei informações na prefeitura (de Limeira) e eles não têm conhecimento. Nem apresentaram documentos para que eu pudesse assegurá-las em Brasília”, disse.

Quem revelou os valores ao deputado foi o subchefe da Secretaria de Relações Institucionais, Luiz Antonio Alves de Azevedo. Está previsto o corte de emendas dos anos de 2007 a 2010. “São de emendas com problemas ou que não foram executadas”, falou o parlamentar, que assumiu este ano e, portanto, não tem emendas apresentadas. Seus pedidos constarão do orçamento de 2012.

Azevedo teria dito ao deputado que as emendas previstas para Limeira podem ser cortadas. Elas são quatro e somam, ao todo, R$ 977 mil. Os valores são distribuídos da seguinte forma – R$ 292 mil, R$ 245 mil, R$ 244 mil e R$ 196 mil. Os recursos, que constam do orçamento do Ministério das Cidades, são para obras de infraestrutura urbana – como recapeamento de ruas da Vila Cláudia II, duplicação da Avenida Laranjeiras e remodelação da rotatória da Via Luiz Varga (Parque Hipólito). No encontro, Otoniel se propôs a encabeçar as emendas. “As verbas estão reservadas para Limeira, mas não têm projeto”, comentou. Ou seja, não houve uma sequência à “reserva” do dinheiro.

SEM RESPOSTA

O deputado federal – que tem base em Limeira – lamentou o fato de a cidade correr o risco de ficar sem as emendas, já que muitas delas estão sendo canceladas por determinação presidencial. “É um absurdo. Depois vão dizer que o município não tem deputado. É mentira. Estou tentando fazer com que a cidade não perca os recursos, mas não tive respaldo da prefeitura. O que Limeira não tem é prefeito”, avaliou.

Por meio da Secretaria de Comunicações, a prefeitura informou que não entende o posicionamento do deputado. E que emendas e convênios com o governo federal são tratados entre a prefeitura e cada ministério. Muitas vezes com intermediação da Caixa Econômica Federal (CEF).

Fonte: Jornal de Limeira