O prefeito Silvio Félix (PDT) enviou à Câmara na segunda-feira um projeto de lei complementar que pede autorização para que a prefeitura possa alienar, mediante venda, a área do Aeródromo Municipal, localizado no Jardim Aeroporto, em Limeira. Se a proposta for aprovada pelos vereadores, o governo vai transformar o local em um loteamento. “Poderá ser um loteamento misto, sendo comercial e residencial, ou apenas residencial, ou apenas comercial, sendo, neste último caso, destinado para microempresas”, cita nota enviada pela assessoria de Félix.

Pelo projeto, o Aeroclube de Limeira – entidade com sede no local – será desativado e toda a área do Aeródromo (pista de pouso e decolagem, hangares e outras estruturas) dividida para a construção do loteamento. Após toda esta fase estar pronta, a prefeitura vai vender os lotes para a iniciativa privada.

Toda a propriedade do Aeródromo tem 240.865,50 metros quadrados e está avaliada, conforme laudo anexado ao projeto, em R$ 14,8 milhões. Ao JL, a prefeitura informou que os lotes serão vendidos por meio de leilão, respeitando a Lei de Licitações. Os preços não poderão ser inferiores à avaliação do imóvel e o pagamento, à vista ou parcelado em até 12 vezes.
Questionado pelo Jornal sobre quanto tempo deve demorar todo este processo, o governo municipal informa que “será o prazo da lei, mas sempre há intercorrências que podem alterar este prazo”.

NOVO AEROPORTO

Na justificativa do projeto, Félix afirma que o Aeródromo está inserido em área residencial, que “não oferece segurança à aviação civil” e que, por isso, “iniciou a construção de um novo aeroporto”. O prefeito se reporta ao terreno de 823 mil metros quadrados, às margens da Rodovia Limeira/Mogi Mirim, no bairro Água Espraiada.

O problema é que as obras deste novo empreendimento seguem a passos lentos. Mais uma vez, a assessoria informou que o andamento da construção segue na fase de terraplenagem.
As obras começaram no primeiro governo Félix e até hoje não avançaram. O JL já fez inúmeras matérias sobre o novo aeroporto – que foi anunciado ainda no governo Pejon – e sempre a prefeitura alega a mesma situação: “fase de terraplenagem”.

São previstos gastos de R$ 50 milhões, caso o aeroporto fique pronto aos moldes do que deseja Félix: com duas pistas de pouso e decolagem, hangares, parte administrativa e até mesmo atendimento de passageiros da região.
A prefeitura diz que detém todas as autorizações para o funcionamento legal de um aeroporto deste porte.

Fonte: Jornal de Limeira