Limeira: Sem infraestrutura, acesso e empresas
terça-feira, 3 de maio de 2011Desde o início de março, quando o Jornal de Limeira visitou o Distrito Industrial de cidade Limeira, no km 139 da Via Anhanguera (SP-330), as obras de infraestrutura não avançaram. E esta morosidade do Executivo tem causado transtornos às empresas que irão se instalar no local.
O JL esteve ontem no distrito, que estava intransitável por causa das chuvas. Além do lamaçal causado pelo forte temporal que caiu anteontem, observa-se que não há qualquer infraestrutura para entrar e transitar no local, o que dificulta a instalação das empresas. “Já era para ter terminado a terraplenagem, mas a chuva não ajuda. A prefeitura tem a parte dela – a infraestrutura -, que é muito importante para nós. A empresa que fará a obra está tendo dificuldades para entrar no distrito”, falou o diretor industrial da Poty, José Luiz Franzotti.
A reportagem observou que o terreno da Poty – fábrica de refrigerantes – já foi demarcado, mas o acesso à empresa é precário. Desde março, quando o JL visitou o espaço, as obras não avançaram. Existem apenas poucas guias e postes, o mesmo cenário de dois meses atrás. Na época, a Secretaria de Governo e Desenvolvimento informou que “a prefeitura estava desenvolvendo projeto de acesso ao distrito, aguardando aprovação junto à AutoBAn e à Artesp. E também está finalizando a obra de infraestrutura do local”.
A prefeitura foi questionada novamente ontem sobre o avanço nas obras de infraestrutura. Até o fechamento desta edição, não houve retorno.
FALTA ESTRUTURA
Desde o fim de 2008, o Executivo vem desapropriando áreas para a instalação de distritos no município. Em novembro, três áreas para este fim foram tornadas de utilidade pública – incluindo a da Via Anhanguera. Foram previstos gastos de cerca de R$ 10 milhões.
Um distrito mais antigo – Sebastião Fumagalli, no Parque Nossa Senhora das Dores – passou por situações de abandono até receber as primeiras indústrias.
No site do Jornal de Limeira, um leitor comentou a falta de estrutura dos distritos existentes. “Todos os minidistritos industriais abertos pela prefeitura não possuem acessos decentes que permitam às empresas interessadas se instalar. No Distrito São Lucas I, transportadoras que lá se instalaram e algumas que querem se instalar, estão tendo problemas com acesso. E olhe que lá perderam a oportunidade de fazer com que o DER construísse o acesso ou a rotatória”, disse Aloisio A. De Lucca.
Poty investe nas vendas
Enquanto as obras da fábrica da Poty estão atrasadas, a empresa investe na área comercial. Segundo o diretor industrial da Poty, José Luiz Franzotti, cinco vendedores estão fazendo visitas em Limeira e três caminhões para entregas foram disponibilizados. “Já temos um entreposto em Limeira e o faturamento já está sendo feito aqui”, falou.
A Poty comprou um terreno de 58 mil metros quadrados no distrito. A previsão de geração de postos de trabalho era de ao menos 300 empregos diretos e indiretos, além de investimento inicial na ordem de R$ 20 milhões.
Mais três empresas irão se instalar no distrito: Burigotto, Centro de Distribuição do Sempre Vale e Planmar. O gestor industrial da Planmar, Edson Gonzaga da Silva, chegou a criticar, há dois meses, a demora na entrega da infraestrutura. A Planmar trabalha em Sumaré com gestão de produtos plásticos e construirá outra unidade em Limeira. A Burigotto – que ampliará suas instalações na nova unidade – pretende iniciar a terraplenagem ainda neste semestre.
Fonte: Jornal de Limeira
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