Limeira: Promotoria Comunitária debate vaga em creche
quinta-feira, 2 de junho de 2011A falta de vagas em creches da cidade Limeira foi um dos temas debatidos durante a reunião mensal da Promotoria Comunitária, realizada no Isca Faculdades. O encontro ocorreu na manhã de ontem e, segundo a diretora da instituição, Maria Eliza Vieira Elias, aproximadamente 200 pessoas estiveram presentes. Quinze novos encaminhamentos foram feitos para a próxima reunião.
Segundo a promotora de Justiça Regina Helena Furtado, o déficit atual de vagas é de 1.600, segundo recente informação divulgada pelo secretário Antônio Montesano Neto (Educação) ao Jornal de Limeira. “A cada mês, há um aumento de 100 crianças na lista”, diz. “O problema, muitas vezes, é que as mães fazem inscrição em duas ou três creches na expectativa de conseguir a vaga”, assinala.
Presente no encontro, o vereador Paulo Hadich (PSB) mencionou o caso da Creche “Ary Cason”. O local recentemente construído apresentou problemas e sofreu desmoronamento. Até hoje, a prefeitura ainda não realizou serviços no local. “É preciso verificar o que aconteceu”, diz Hadich. O promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua anunciou que instaurou um inquérito civil para apurar o caso (leia mais na página 4).
Um cidadão que participou da reunião, Oscar Martins de Oliveira, relatou que existem creches com 80 vagas, mas que ainda precisam de liberação. “É um assunto complicado de ser discutido em Limeira e precisa estar mais claro para a população”, comentou.
A construção de uma passarela na rodovia SP-151 (Limeira/Iracemápolis) em um dos acessos do Isca também foi outro tema abordado no encontro (leia mais nesta página).
FUNDAÇÃO CASA
Um membro da Associação de Moradores e Amigos do Bairro do Lopes, Neusa Turqueti, participou da reunião para reclamar sobre a instalação de unidades da Fundação Casa na região. Segundo ela, a associação só ficou sabendo do projeto assim que a construção já tinha começado. “Nosso bairro possui comércio, indústrias e residências próximas. As pessoas ficam com receio, pois terão os bens desvalorizados e a segurança prejudicada. Fizemos um abaixo-assinado e já reunimos quase mil assinaturas para isto não ocorrer de fato”, comentou. De acordo com Bevilacqua, será investigado se existem as devidas licenças para a obra ou alguma lei que proíba. Caso contrário, segundo ele, restará apenas a pressão política.
Já um estudante de direito e deficiente físico, que se identificou apenas como José Cláudio, cobrou mais obras de acessibilidade em Limeira, principalmente nas escolas. “Conheço vários colégios que não possuem a mínima adptação – como rampas. Existem algumas ainda que o acesso aos banheiros é por escadas com vários degraus. É preciso atenção do município nesta importante questão”, comentou.
De imediato, passarela é descartada
Diretor regional do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) de São Paulo, Danilo Luiz Dezan disse que a construção de uma passarela na SP-151, nas imediações de acesso ao Isca, está passando por um novo estudo. O tema também foi discutido na reunião. “Em 2004, foi feita metade da duplicação na SP-151 e a passarela entre os bairros Santa Adélia e Nossa Senhora das Dores. Agora, pedimos a atualização do estudo para o governador Geraldo Alckmin”, disse.
Segundo Dezan, não existe prazo para o início das obras, já que é preciso, primeiramente, fazer a duplicação do restante (cerca de 1,5 km) da SP-151. “Se construir a passarela em uma pista única, dificilmente as pessoas irão atravessá-la de maneira correta. Muitos irão aproveitar a sombra que a passarela faz e passar debaixo dela”, comentou.
Alunos, então, solicitaram a instalação de uma ponte metálica provisória. De acordo com o diretor do DER, o tempo de licitação seria o mesmo. “O que agilizaria o processo é que não será preciso o projeto executivo”.
Bevilacqua disse que a ideia será colocada em pauta e ampliada para os alunos e diretoria do Isca.
Iracemápolis vê déficit de pms e volta a cobrar mais segurança
Vereador de Iracemápolis, Cláudio Cosenza Filho (PSDB) voltou a falar sobre os problemas de segurança no município. Ele criticou a redução do quadro de policiais militares na cidade – uma queda de 26 para 16 agentes. “Os iracemapolenses estão assustados com a segurança pública. São problemas com drogas, pequenos furtos, roubos, entre outros fatores”, comentou. Segundo o vereador, a cidade se localiza próxima a três grandes municípios, que são Limeira, Piracicaba e Santa Bárbara d’Oeste, e, portanto, deve ter um número maior de policiamento.
“É uma localização privilegiada, mas que requer alguns cuidados. Estamos providenciando o aumento de guardas municipais, porém, sabemos que não é o suficiente”, disse. A Promotoria, segundo Bevilacqua, está aberta a realizar uma visita na Câmara de Iracemápolis para discutir a situação da cidade, que está em pauta.
Fonte: Jornal de Limeira