A sessão extraordinária realizada ontem na Câmara de guia de Limeira não chegou a durar cinco minutos. Dos nove itens da pauta, nenhum foi votado. O primeiro estava prejudicado por emendas e o segundo foi adiado por uma sessão. O restante dos itens não contava com todos os pareceres necessários das comissões para serem votados em regime de urgência.

“É uma falta de respeito convocar uma sessão sabendo que não havia os pareceres”, disse um parlamentar, ainda no plenário. “Em tantos anos de Câmara, nunca vi uma sessão tão rápida como esta”, falou outro vereador.

A situação não agradou servidores do Sindsel (Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos de Limeira), que estiveram na Câmara e aguardavam para fazer uso da tribuna a respeito da demissão de uma servidora, quando a sessão foi encerrada.

DEMISSÃO

“Viemos manifestar a nossa posição a respeito da servidora Silvana Arado, que também é guarda municipal e faz parte da diretoria do Sindsel. Ela não poderia ser demitida, conforme o acordo coletivo de 2010, onde ficou decidido que as sindicâncias de greve da Guarda Municipal seriam arquivadas. Tentamos conversar com a prefeitura, mas não fomos ouvidos e, por isso, procuramos a Câmara”, afirmou a diretora do Sindsel, Eunice Araújo Lopes.

A exoneração da servidora foi publicada no Jornal Oficial do Município, no último sábado. “E se eu não tivesse lido o Jornal? Tem casos de servidores que só ficam sabendo que foram demitidos quando vão usar o cartão do plano médico e está cancelado. Também viemos questionar a maneira como essas demissões são feitas”, apontou Silvana.

Fonte: Jornal de Limeira