Após a limitação de exames de carga viral em pacientes com Aids, pelo Ministério da Saúde, em guia da cidade Limeira a orientação é para o Semil (Serviço Especializado em Moléstias Infecto Contagiosas de Limeira) enviar apenas exames prioritários, como o de gestantes, crianças e pacientes que não estão com a doença controlada.

A informação é da coordenadora de projetos de prevenção do Semil, Raquel Grassi. Segundo ela, apesar da limitação dos exames na cidade, ainda não houve impacto. “Estamos coletando os exames normalmente, mesmo daqueles que não são do grupo prioritário, e enviando para o laboratório em Américo Brasiliense. Na última semana mesmo enviamos 23 amostras e até agora não tivemos nenhuma devolução”, afirma.

Raquel explica que o Ministério pediu para as cidades segurarem um pouco os exames, pois estão mudando a metodologia de realização do mesmo.

De acordo com ela, o exame de carga viral é para saber a quantidade de vírus que a pessoa doente tem no organismo. Geralmente, em Limeira, cerca de 200 pacientes, que estão com a doença controlada, fazem esse exame duas vezes no ano. Quem não está bem de saúde, precisa realizar os exames em maior quantidade.

“Na verdade, as pessoas doentes já se acostumaram a fazer esse exame porque querem saber seu estado de saúde. O impacto que pode ser gerado é por preocupação, psicológico”, comenta a coordenadora.

Conforme o Jornal de Limeira mostrou, a limitação dos exames ocorre devido à falta de reagentes usados no teste que checa a quantidade do vírus HIV no sangue e acompanha a eficácia do tratamento.

O baixo estoque de reagentes é resultado da paralisação de uma licitação feita pelo Ministério para comprar testes mais modernos e rápidos. O processo foi contestado várias vezes por empresas participantes.

Para regularizar o fornecimento, o governo federal fez uma compra emergencial dos reagentes usados para abastecer os laboratórios por seis meses. A expectativa é que os kits importados cheguem na primeira semana de agosto. Anualmente são feitos 70 mil exames de carga viral em média dois por paciente no país.

Fonte: Jornal de Limeira