Mãe usava droga com filha de 1 ano no colo em Limeira
quarta-feira, 26 de outubro de 2011A ocorrência registrada no Plantão da Polícia Civil da cidade Limeira é de “perigo para a vida ou saúde de outrem”. E envolve uma criança, de apenas 1 ano, que agora não está mais sob os cuidados de sua mãe. A razão é que uma jovem, 19, consumia droga com a filha no colo. O caso foi flagrado por policiais militares, anteontem, por volta das 23h15.
Era um patrulhamento de rotina. Os soldados Márcio e Leandro Silva passavam pela rua William Silva, no Parque das Nações, e avistaram um casal discutindo na rua. Ao ver a viatura policial, a mulher envolvida na confusão pediu para que os militares parassem. Realmente, havia o desentendimento entre M.A.R., 48, e o mototaxista V.F.L., 51. No entanto, a situação mais grave ocorria dentro de um Monza, preto, ano 89, que estava estacionado no local.
F.B.S., mãe do bebê, tinha em seu poder uma “marica” – confeccionada com uma lata vazia de cerveja. É citado no boletim de ocorrência que a jovem, residente no assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), no Horto Florestal de Limeira, estava com a criança no colo e fazia uso de drogas. Nenhum tipo de entorpecente, porém, foi apreendido pelos policiais militares. Diante da gravidade do caso, o Conselho Tutelar foi solicitado para acompanhar a apresentação da ocorrência.
A menina não está mais com sua mãe. Foi encaminhada para o programa acolhimento institucional, ou seja, para um abrigo da cidade. “É uma situação que choca. Não é tão comum a mãe ou o pai usar drogas com o bebê no colo”, observa a coordenadora do Conselho Tutelar, Claudinéia do Amaral.
INVESTIGAÇÃO
O problema não acaba com o encaminhamento da criança a uma instituição. Vai além disso. A Vara da Infância e da Juventude também fará o acompanhamento. “O primeiro passo é saber quais são as condições da família. Requisitar serviços necessários ou ainda encaminhar para programas sociais”, aponta a conselheira.
Quanto à guarda, a decisão não é imediata. Primeiramente, a família é investigada de forma ampla. “São esgotadas todas as possibilidades para saber se algum parente pode ficar com a criança. Só se nenhum familiar tiver condições é que a menina segue para adoção”, explica Claudinéia.
Fonte: Jornal de Limeira