Agora, carro cai em buraco em Limeira
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011Por volta das 5h de ontem, o engenheiro civil Hélio Buck, de 51 anos, passava pelo local quando caiu numa cratera. “Não havia qualquer tipo de sinalização. E no escuro, ninguém enxerga nada”, diz a esposa da vítima, Elisabete Roque Buck, 40.
O veículo do engenheiro, um Celta, ano 2002, sofreu danos. Precisou inclusive ser guinchado e não possui seguro. Já Buck não sofreu lesões, apenas se queixou de dores no ombro. A via é bastante utilizada pelo homem, que ontem deixou sua residência no Jardim Ouro Verde e seguia para o Santa Amália buscar um funcionário. “Foi feio. O carro capotou três vezes. Fez um barulho forte”, conta Elisabete, que soube dos detalhes por meio de seu marido.
É ela quem reclama das condições da Guilherme Dibbern, que enfrenta um velho problema de erosões. Pouco a pouco, as laterais da pista estão sendo destruídas. Os buracos abrem a cada dia. “As tubulações estão à mostra. A cada dia, a situação piora. No temporal (de anteontem), os buracos se formaram ainda mais”, reclama a esposa.
E ela tem razão. Há muito tempo, o Jornal de Limeira tem relatado o problema. As queixas de usuários e moradores têm sido desprezadas pela prefeitura, que não age. Reparos, medidas paliativas ou sinalização não são feitas. Resultado: a queda do carro na cratera. Agora, Buck pretende mover um processo contra o município. O primeiro passo foi dado. Ele registrou um boletim de ocorrência.
JUSTIÇA
O engenheiro civil tem, sim, chances de ganhar uma ação contra a prefeitura da cidade de Limeira. Para isso tem que ser comprovada a falta de sinalização ou de conservação. Ou seja, a responsabilidade do município. Advogado e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subsecção Limeira, Ozéas Queiroz explica que cabe uma ação indenizatória para reparação de danos materiais. “E, em alguns casos, até danos morais”, cita.
O sucesso da ação depende da apresentação de provas. “Demonstrar que a prefeitura agiu com negligência na conservação da via”, fala.
Fonte: Jornal de Limeira