Recentes casos de assassinatos em Limeira demonstram como pode ser frágil a “amizade” entre pessoas próximas. Amigos até então, os envolvidos viram a relação se extremecer por questões fúteis. Desavença, a princípio, não havia, mas veio existir em questão de minutos. Um dos casos terminou em morte. No outro, a vítima que, inclusive, já morou com o autor do atentado, sobreviveu. Ambos aconteceram mês passado.

Ao investigar os crimes, a Polícia Civil elucidou as motivações e chegou aos acusados.

Descobriu-se, então, que o tiro que baleou um operador de máquinas, de 22 anos, foi disparado por um “amigo” dele. O caso ocorreu na noite do dia 20 de outubro no Parque Nossa Senhora das Dores, próximo à casa da vítima. À equipe do 2º DP (Morro Azul), que investigou o crime, o acusado, R.S.O., 18, alegou ter ferido o colega “acidentalmente”.

O operador estava acompanhado da esposa no momento do atentado. E mesmo ferido no peito, ainda conseguiu buscar refúgio. Amigos desde a infância, R. se encontrou com o casal na rua e, quando se aproximou, teria dito ao operador: “hoje eu estou montado”. Com tais dizeres, R. teria declarado estar armado naquela ocasião.

Nos breves instantes seguintes, houve um disparo e a esposa do operador deparou com o marido ferido.

O casal conseguiu correr e se refugiou na residência do pai do operador, próxima ao local do atentado. Conforme alegou, na ocasião, R. disse ter mostrado ao operador uma arma que pretendia comprar e o revólver caiu no chão, ocasionando o disparo. Identificado pelos investigadores, R. se apresentou na delegacia no último dia 29. E apesar de indiciado por tentativa de homicídio, não pôde ser preso devido ao período eleitoral (2º turno das eleições presidenciais).

Fonte: Jornal de Limeira