Crescem acidentes de trabalho em Limeira
terça-feira, 31 de maio de 2011Os acidentes de trabalho aumentaram em guia de Limeira, considerando os balanços realizados pelos sindicatos dos Metalúrgicos, Bancários e dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Civil.
A maior alta foi constatada pelo Siticecom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cerâmica, Refratários, Construção, Montagem Industrial, Pavimentação, Obras e do Mobiliário), que conta com cerca de 4.000 filiados em Limeira. O Sindicato da Alimentação foi o único que apresentou pequena redução no número de CATs (Comunicações de Acidente de Trabalho).
Diretor do Siticecom, Celso Antonio Linares afirmou que foram notificados 86 acidentes em 2009 contra 219 no ano passado. “Este aumento ocorreu por causa do mercado da construção civil, que começou a aquecer no ano passado. Em 2009, teve a questão da crise, que contou com menor demanda e, fatalmente, menos trabalho e funcionários”, disse.
Segundo ele, os fatores que mais contribuem com os acidentes são a falta de segurança e o não uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). “Com isso, ocorrem quedas e amputações de membros do corpo – como dedos, unhas, mãos, entre outros”, disse.
No Sindicato dos Metalúrgicos, também houve aumento. Foram 156 acidentes em 2009 contra 163 neste ano, incluindo 136 típicos da profissão, 14 de trajeto e 13 de doença. “Este número relata apenas as cerca de 20 empresas que notificam as CATs ao sindicato. Nossa base conta com 1.346 empresas”, comentou o assessor de saúde dos Metalúrgicos, Luís Henrique dos Santos.
As ocorrências mais frequentes apresentadas, segundo Santos, são as de mutilação durante o uso de prensas e máquinas, cortes, quedas de estruturas metálicas, problemas nos olhos provocados por cavaco e soldas, queimaduras em fundição ou fornos e no trajeto de trabalho”, disse.
Quanto às doenças mais detectadas no setor, o assessor afirmou que são os problemas músculo-esqueléticos – como LER/Dort, de coluna, Pair (surdez ocupacional), dermatites, problemas respiratórios e estresse. “Os causadores dos acidentes e de doenças no setor geralmente são as máquinas sem proteção, ritmo acelerado de trabalho, esforços físicos repetitivos e ergonômicos, calor, poeira, substâncias químicas, entre outros problemas”, disse. “Entre 2007 e 2011, também houve três acidentes fatais. O mais recente aconteceu há cerca de um mês”, disse.
Na categoria dos bancários, segundo o presidente do sindicato, Robson Ramilho Franco, houve aumento significativo no desenvolvimento de doenças mentais nos funcionários. Em 2009, foram notificados dois casos e em 2010, sete. “Isto é atribuído às metas absurdas, que dificilmente são alcançadas. As pessoas ficam frustradas, com alto nível de estresse e acabam tendo que se aposentar”, disse. “Além disso, este número provavelmente é muito maior, pois desta estimativa não participam aqueles que têm que tomar até remédio faixa preta para dormir, mas que acabam não notificando o sindicato”, disse. Já os problemas mais corriqueiros vêm se mantendo nos últimos anos. “Foram cerca de 50 casos de LER/Dort nos últimos dez anos. Considerando isso, ocorrem mais ou menos dois casos anualmente, a mesma estimativa de ocorrências de assalto e acidentes de percurso”, disse.
DIMINUIÇÃO
Presidente do Sindicato da Alimentação de Limeira, Artur Bueno de Camargo Filho afirmou que diminuíram os acidentes de trabalho na categoria. Em 2009, foram 201 casos e em 2010, houve 188. Ele afirmou ainda que os acidentes ocorrem por máquinas perigosas, trabalho penoso, barulho e uso de produtos químicos.
“Além disso, muitos trabalhadores fazem trabalhos manuais e extremamente repetitivos, o que implica em LER/Dort”, disse. Existe também risco de doenças pelos fatores em que estão expostos e de lesões, que podem ser causadas por água quente e vapor de algumas indústrias, segundo o presidente.
Fonte
Os acidentes de trabalho aumentaram em Limeira, considerando os balanços realizados pelos sindicatos dos Metalúrgicos, Bancários e dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Civil.
A maior alta foi constatada pelo Siticecom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cerâmica, Refratários, Construção, Montagem Industrial, Pavimentação, Obras e do Mobiliário), que conta com cerca de 4.000 filiados em Limeira. O Sindicato da Alimentação foi o único que apresentou pequena redução no número de CATs (Comunicações de Acidente de Trabalho).
Diretor do Siticecom, Celso Antonio Linares afirmou que foram notificados 86 acidentes em 2009 contra 219 no ano passado. “Este aumento ocorreu por causa do mercado da construção civil, que começou a aquecer no ano passado. Em 2009, teve a questão da crise, que contou com menor demanda e, fatalmente, menos trabalho e funcionários”, disse.
Segundo ele, os fatores que mais contribuem com os acidentes são a falta de segurança e o não uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). “Com isso, ocorrem quedas e amputações de membros do corpo – como dedos, unhas, mãos, entre outros”, disse.
No Sindicato dos Metalúrgicos, também houve aumento. Foram 156 acidentes em 2009 contra 163 neste ano, incluindo 136 típicos da profissão, 14 de trajeto e 13 de doença. “Este número relata apenas as cerca de 20 empresas que notificam as CATs ao sindicato. Nossa base conta com 1.346 empresas”, comentou o assessor de saúde dos Metalúrgicos, Luís Henrique dos Santos.
As ocorrências mais frequentes apresentadas, segundo Santos, são as de mutilação durante o uso de prensas e máquinas, cortes, quedas de estruturas metálicas, problemas nos olhos provocados por cavaco e soldas, queimaduras em fundição ou fornos e no trajeto de trabalho”, disse.
Quanto às doenças mais detectadas no setor, o assessor afirmou que são os problemas músculo-esqueléticos – como LER/Dort, de coluna, Pair (surdez ocupacional), dermatites, problemas respiratórios e estresse.
“Os causadores dos acidentes e de doenças no setor geralmente são as máquinas sem proteção, ritmo acelerado de trabalho, esforços físicos repetitivos e ergonômicos, calor, poeira, substâncias químicas, entre outros problemas”, disse. “Entre 2007 e 2011, também houve três acidentes fatais. O mais recente aconteceu há cerca de um mês”, disse.
Na categoria dos bancários, segundo o presidente do sindicato, Robson Ramilho Franco, houve aumento significativo no desenvolvimento de doenças mentais nos funcionários. Em 2009, foram notificados dois casos e em 2010, sete. “Isto é atribuído às metas absurdas, que dificilmente são alcançadas. As pessoas ficam frustradas, com alto nível de estresse e acabam tendo que se aposentar”, disse. “Além disso, este número provavelmente é muito maior, pois desta estimativa não participam aqueles que têm que tomar até remédio faixa preta para dormir, mas que acabam não notificando o sindicato”, disse. Já os problemas mais corriqueiros vêm se mantendo nos últimos anos. “Foram cerca de 50 casos de LER/Dort nos últimos dez anos. Considerando isso, ocorrem mais ou menos dois casos anualmente, a mesma estimativa de ocorrências de assalto e acidentes de percurso”, disse.
DIMINUIÇÃO
Presidente do Sindicato da Alimentação de Limeira, Artur Bueno de Camargo Filho afirmou que diminuíram os acidentes de trabalho na categoria. Em 2009, foram 201 casos e em 2010, houve 188. Ele afirmou ainda que os acidentes ocorrem por máquinas perigosas, trabalho penoso, barulho e uso de produtos químicos.
“Além disso, muitos trabalhadores fazem trabalhos manuais e extremamente repetitivos, o que implica em LER/Dort”, disse. Existe também risco de doenças pelos fatores em que estão expostos e de lesões, que podem ser causadas por água quente e vapor de algumas indústrias, segundo o presidente.
Fonte: Jornal de Limeira