Inquérito apurará obras em centro infantil em Limeira
quinta-feira, 2 de junho de 2011O MP (Ministério Público) de guia Limeira instaurou um inquérito civil para investigar denúncias de irregularidades em obras do Centro Infantil “Ary Cason”, no Jardim São João. O procedimento foi aberto pelo promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, que há cerca de um mês recebeu mães de alunos da creche.
Elas pediram intervenção da Promotoria no caso, diante do impasse que toma conta do local desde que parte da estrutura da escola desabou, há alguns meses. Quem também acompanha o caso é o vereador Paulo Hadich (PSB), que, junto com Fátima Aparecida Granzi Sapata e Elisabete Pereira Dias, mães de alunos, fez uma representação ao MP pedindo investigação quanto à má execução das obras que estão sendo feitas na unidade. As reformas, como o Jornal de Limeira já mostrou, seguem a passos lentos, o que tem preocupado as mães. Os 170 alunos estão tendo aulas em outra escola, o que causa transtornos no dia a dia.
O principal problema atinge a quadra esportiva do centro infantil, que desmoronou com as chuvas de janeiro. O que chama a atenção é que a quadra era nova – foi inaugurada há cerca de um ano. Com o desabamento do piso, uma imensa cratera foi aberta na escola, comprometendo toda a sua estrutura. Segundo as mães, o local parece estar sendo “engolido” pela erosão – a creche fica próxima a um riacho.
Desde 2009 que os alunos vivem um “vaivém” de salas de aulas. É que quando ocorreu a primeira obra na unidade, eles foram transferidos para as dependências da Igreja Quadrangular, que possui salas para atender as crianças. Os estudantes voltaram para a Creche “Ary Cason” quando tudo ficou pronto. Pouco tempo depois, porém, tiveram que deixar o centro infantil novamente, após o último desmoronamento deste ano.
A prefeitura vistoriou o local recentemente e garantiu que, em breve, a creche estará funcionando normalmente.
DILIGÊNCIAS
Bevilacqua solicitou várias informações do governo Félix (PDT): data em que foi levantada a construção do prédio da creche, quantas reformas foram feitas no local, cópias dos contratos firmados com as empresas responsáveis pelos serviços, prazos para a entrega das reformas, documentos que comprovem a interdição da unidade e também se existe processo administrativo ou judicial visando a responsabilização da empresa contratada pelos danos causados. O prefeito Silvio Félix tem 10 dias para entregar as respostas ao promotor.