Ao ter a prisão decretada pela Justiça de Limeira, um publicitário, de 42 anos, após ser preso ontem, acabou indiciado por outros sete crimes. Além de responder a eventual violência doméstica, o que motivou sua captura, R.C. agora também é acusado de promover tráfico de drogas, atividade em que estaria associado à esposa, posse ilegal de arma, resistir à prisão, desacatar e agredir policiais civis.

R.C. foi preso, assim como a esposa L.V.C., 39, por investigadores da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), durante a manhã. As prisões aconteceram na residência do casal – um apartamento em um edifício na Rua Conselheiro Saraiva, no Centro. Ao cumprir mandado de prisão preventiva contra R., os policiais terminaram com lesões corporais diante da resistência dos suspeitos.

O publicitário é acusado de violar o domicílio da sogra, na Vila Anita, há cerca de dez dias. Na ocasião, R. também teria promovido ameaças à mãe da esposa, o que a motivou a denúnciá-lo à DDM, cuja equipe o indiciou com base na Lei Maria da Penha, que visa a coibir e punir a violência doméstica e contra a mulher.

BUSCAS
Além de decidir pela prisão, a Justiça também autorizou os agentes a realizarem buscas no imóvel do publicitário, que já foi preso em 2003 acusado de agredir a esposa.

Como houve tumulto durante a prisão do casal, policiais da DDM solicitaram apoio à equipe da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), porque já havia a suspeita de que o casal poderia estar envolvido com drogas. Investigadores da unidade especializada, então, localizaram dois tabletes de maconha (cerca de 110 gramas) escondidos no congelador da geladeira. Também foram encontrados um cigarro do entorpecente, além de outros materiais relacionados à droga.

Foram achados também em um armário, em meio às roupas de R., uma caneta produzida para servir como arma de fogo, ou seja, o dispositivo é capaz de realizar um disparo de munição calibre 22. O publicitário explicou ter recebido o pequeno armamento como herança do falecido pai. Quanto à droga, conforme os policiais da Dise, R. negou envolvimento. Já a esposa, também de acordo com os investigadores, assumiu ser a responsável pelo entorpecente, o qual se destinaria ao próprio consumo, segundo declarou.

Além de dar cumprimento à prisão de R. devido à suposta violência doméstica, a equipe da DDM também o autuou por resistência à prisão, desacato e lesão corporal, delitos que também foram atribuídos à mulher.
De forma simultânea, o casal foi indiciado em flagrante pela equipe da Dise por tráfico, associação ao tráfico e falsificação de documento. O publicitário também foi autuado por posse ilegal de arma de fogo.

Suspeito levantava dados sobre vereador

Também recaí ao publicitário R.C., de 42 anos, e à esposa dele, L.V.C., 39, presos ontem em Limeira por equipes da Polícia Civil, a suspeita de falsificarem documentos de natureza particular. Durante buscas no apartamento do casal, no
Centro, além de droga e um armamento, agentes da Dise também localizaram papéis que sugerem a incidência do possível crime.

Outros impressos também evidenciam uma provável “investigação” por parte de R. em face à figura política de um vereador limeirense. Além de uma declaração, em duas vias, de uma instituição bancária que se refere ao repasse de percentual do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) ao filho do casal, também foram achados cópias de reportagens e pesquisas relacionadas ao parlamentar.

A busca por informações referentes ao parlamentar, conforme os papéis apreendidos, chegaram até ao âmbito judicial, cuja pesquisa pretendia informações quanto a uma ação movida pelo Ministério Público contra o vereador. O carimbo com a identificação da mulher nos documentos bancários também foi achado na residência. Um computador também foi apreendido e será periciado pelo Instituto de Criminalística (IC). (MB)

Fonte: Jornal de Limeira