Dez de 14 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Limeira não possuem vigilância com guarda municipal. Além disso, apenas três postos de saúde usam dispositivo de segurança de alarme.

Levantamento que o Jornal de Limeira fez – por telefone – em cada uma das unidades revelou ainda relatos de ocorrências de furtos, roubos e mesmo desacato aos funcionários das UBS. Nesse caso, em seis dessas unidades foram constatadas algum tipo de ocorrência a partir de consultas informais feitas pela reportagem.

O quadro é mais crítico ainda quando se constata que, das quatro UBS que disseram ter guardas, em três delas a presença do gm não é constante. A informação sobre os gms foi confirmada pelo diretor de operações da Guarda Municipal (GM), Ademir Aparecido Soares dos Reis. Ele é responsável por direcionar as equipes de patrulhamento.

As UBS que disseram ter o profissional são do Morro Azul, do Parque Abílio Pedro, Cecap e Nova Suíssa. Reis confirmou e justificou que fazem parte das áreas em que a cidade está dividida. “Avaliamos os locais com mais necessidade e colocamos os gms como parte daquela área”, afirmou.

Segundo o secretário de Segurança Pública, Siddhartha Carneiro Leão, a cidade está dividida em quatro áreas, cada uma com um inspetor da GM, que gerencia o patrulhamento. “São feitas rondas e abordagens em todos esses locais, mas não é possível cobrir todos as UBS com um guarda em cada”, disse o secretário.

As UBS que têm sistema de alarme podem contar também com o apoio da GM. “Temos uma central que monitora todos os alarmes de prédios públicos que as respectivas secretarias nos solicitam”, contou Siddhartha.

Os relatos de violência nas unidades vão desde invasões quando a UBS já está fechada até insultos aos funcionários do local.

Acontecem também durante o dia casos de furtos de pequenos equipamentos como telefones e celulares de funcionários, e mesmo medidor de pressão. Em uma das UBS que disseram ter alarme, foi relatada uma tentativa de furto durante a noite, que foi frustrada apenas pelo toque do dispositivo.

Somente três unidades disseram não ter nenhuma ocorrência. Das entrevistadas, três não quiseram falar sobre a instalação de dispositivos ou casos de violência em suas instalações.

Fonte: Jornal de Limeira