Numa situação inédita na Câmara de Limeira, o bloco da oposição conseguiu barrar ontem a eleição da Mesa Diretora e enfraquecer a candidatura à presidência da líder do prefeito Silvio Félix (PDT), a vereadora Elza Tank (PTB). A eleição foi transferida para hoje, às 18h.

Durante toda a sessão, oposicionistas ficaram articulando as várias possibilidades de vencer o páreo. Numa espécie de manobra, os parlamentares contrários ao grupo de Elza usaram o artifício do tempo: ficaram nos gabinetes fazendo articulações e, como a sessão obrigatoriamente tem que ser encerrada até a meia-noite, não houve tempo para realizar a eleição.

O presidente da Casa, Eliseu Daniel dos Santos (PDT) – que fechou com a oposição -, teve que transferir os trabalhos para hoje. Elza, visivelmente irritada com o ocorrido, criticou Eliseu, afirmando que o presidente participou da manobra daqueles que ela chamou de “os do lado de lá”.

Estavam fechados contra a líder seis vereadores: Eliseu, Ronei Martins (PT), Mário Botion (PR), Miguel Lombardi (PR), Paulo Hadich (PSB) e Almir dos Santos (PSDB). Por horas, o grupo tentou persuadir Piuí (PR) e Raul Nilsen Filho (PMDB). Se ambos tivessem aceitado, somariam oito votos e a oposição ganharia a eleição com o nome de Raul para presidente.

Segundo o JL apurou, Piuí já tinha articulado apoio para Elza. Ele teria feito reuniões no fim de semana com a parlamentar e com o prefeito. Diante da negativa de Piuí, a oposição levantou outro trunfo para tentar ganhar o pleito: lançar o nome de Raul e tentar empatar a eleição – seriam sete votos para cada lado.

O trunfo seria justamente em uma interpretação da Lei Orgânica do Município: o presidente dar o voto de minerva. E se tivesse que desempatar, Eliseu votaria em Raul.

No entanto, o peemebista, pelo menos até ontem à noite, ainda estava resistente em bater de frente com Elza.

Fonte: Jornal de Limeira