A partir de quarta-feira, começará a valer um protocolo de intenções firmado entre a Apas (Associação Paulista de Supermercados) e a Secretaria do Estado do Meio Ambiente, que prevê o fim do uso das sacolinhas plásticas descartáveis derivadas de petróleo e estimule que os consumidores utilizem alternativas – como a “ecobag”, sacolas retornáveis, caixas de papelão, mochilas, sacolas de feiras, entre outras.

Segundo o diretor de sustentabilidade da Apas, João Sanzovo, trata-se de uma campanha, iniciada em maio do ano passado, que tem o objetivo de conscientização e educação. “No Estado de São Paulo, 2,5 bilhões de sacolas serão retiradas por mês do meio ambiente”, diz.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente informou, por meio de sua Assessoria de Imprensa, que a medida não se trata de lei estadual e também não é obrigatória. “A ação é voluntária e não prevê multas ou penalidades. A ideia é que possamos atingir este objetivo por meio de convênio, e não por meio de lei”, informou a secretaria.

Na cidade de Limeira, a Secretaria do Meio Ambiente não tem o objetivo de tornar a medida uma lei municipal. “Vamos deixar que o mercado se adeque a essa realidade a partir de uma iniciativa do Estado. Estamos acompanhando e vendo que os supermercados da cidade estão aderindo muito bem a essa medida. Acho mais positivo fazer essa conscientização do que impor regras”, cita secretário da pasta, Domingos Furgione Filho.

SUPERMERCADOS

Em Limeira, a maioria dos supermercados já tenta retirar as sacolinhas plásticas de circulação há algum tempo. É o caso do Covabra que, desde dezembro, colocou banners informativos com contagem regressiva para o início do protocolo de intenções. “Nós adquirimos essa campanha, mas não é obrigatório. Já disponibilizamos caixas de papelão, sacolas biodegradáveis, que serão colocadas à venda por R$ 0,19, e as sacolas retornáveis, que o cliente pode usar sempre que vier ao supermercado”, afirma o encarregado de loja, Sidney Pierrotti. “Os clientes absorveram muito bem a ideia”.

O Sempre Vale, por meio da Assessoria de Imprensa, informou que já existe a campanha de conscientização dentro de suas lojas e que a caixa de papelão sempre foi adotada. Além disso, sacolas retornáveis também já são comercializadas.

No Supermercado Zomper, o gerente acredita que, pelo fato de se tratar de um estabelecimento localizado dentro de bairros, é mais difícil a população aceitar a medida. “Ainda estamos em discussão sobre o protocolo. Nós já oferecemos a caixa de papelão e também vendemos a sacola retornável por R$ 2,99. A intenção é retirar a sacolinha plástica de circulação aos poucos. Somos um mercado de bairro e o pessoal ainda resiste. Tem o costume da sacolinha”, afirma Heraldo Garcia.

CLIENTES

A dona de casa Maria Elena Gonçalves de Oliveira substitui as sacolas plásticas aos poucos. “Eu trago a sacola retornável. Acho que as mudanças são para o nosso bem. Mas, às vezes, pego a sacolinha para usar de lixo nos banheiros de casa”, diz.

O encarregado de loja, Carlos Magno, aprova a medida. “Ainda uso as sacolinhas plásticas, mas sou a favor desse protocolo. Não só nos supermercados, diversas outras medidas deviam ser adotadas para proteger o meio ambiente”, opina.

Fonte: Jornal de Limeira