A superintendência da Polícia Científica de São Paulo anunciou que destinará R$ 2,3 milhões para a construção de um novo prédio para o Instituto Médico Legal (IML) e para o Instituto de Criminalística (IC) de Limeira.

A falta de espaço no instituto fez com que a Justiça autorizasse nesta semana o enterro de corpos não identificados. O dinheiro do estado deve ser usado também para a reforma do prédio atual e para a compra de material administrativo.

A obra, que ainda não tem prazo para começar, foi anunciada em reunião entre a superintendente Norma Sueli Bonaccorso e o deputado federal Otoniel Lima (PRB) na última sexta-feira (19). Lima pediu melhorias no setor em maio.

Na nova estrutura será construída uma câmara fria. Também há verba prevista para a adequação da rede elétrica do IC, reforma e troca do piso do IML, compra de material administrativo e manutenção preventiva de ambos os órgãos. Medidas para reduzir o tempo de espera dos cadáveres sem identificação no IML também foram prometidas pela superintendente, segundo o deputado.

Para que a obra se concretize, ainda é preciso que a superintendente tenha uma reunião com o prefeito Paulo Hadich (PSB). O objetivo é apresentar o projeto do novo prédio e discutir os trâmites necessários para a construção.

Falta de gavetas
Há apenas duas geladeiras no IML, uma de 30 e outra de 40 anos, cedidas pelo estado e pela Prefeitura de Limeira. A limitação obrigou o delegado seccional José Henrique Ventura a tentar obter, nesta semana, permissão judicial para enterrar quatro corpos sem identificação.

O instituto não tinha espaço para armazenar os cadáveres, que estão no IML desde 2012. A Justiça autorizou o enterro dos corpos depois que impressões digitais e amostras de DNA forem recolhidas. Há ainda três cadáveres sem identificação que devem passar pela mesma ação.

Fonte: G1